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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Narração- Phelipe Braga.

* Dia do início do fim do mundo- 15:43*
 Estávamos na Hilux roubada, ainda não me acostumei com a idéia de que isso está realmente acontecendo. Nem que há zumbis famintos por cérebro perambulando nas ruas e nem que eu roubei um carro, quer dizer estou dirigindo um carro roubado. Faz uns minutos que entramos em uma pequena discussão sobre Deus. Olha o que isso está fazendo, faz apenas três horas que essa loucura começou e já criou problemas. A Bia que criou esse plano maluco de irmos para o litoral onde ela tem um apartamento na praia, mas ela disse que não vamos ficar nele por questões de segurança. Que vamos para uma praia privativa com mansões. Vê se pode, ela tem 15 anos agora e nos salvou de um apocalipse zumbi.

*Dia do início do fim do mundo- 17:03*
Paramos num posto de gasolina logo depois de uma barreira militar, quase que fomos mortos, como se não bastasse aquelas criaturas andando por aí. Lala- que é minha namorada faz dois anos e alguns meses- pediu para entrar numa loja de biquinis.
- Tem problema eu entrar naquela loja?
A Tatz estava ajudando a Bia, ou Nathalia a guardar a gasolina que pegamos no posto.
-Eu não sei não, acho melhor não bobiar.
Ela estava guardando a última garrafa quando respondeu, Lala ficou visívelmente decepcionada.
- Sabe, na correria de fugir daquele inferno eu não pude pegar nada de útil.
Ela estava implorando para entrar?
 -Tudo bem, você tem cinco minutos. Não vai provar nada e vai pegar o que der. Cinco minutos e a gente te tira de lá, ok?
Bia falou isso quase como um suspiro.
 Ok!
Ela entrou quase correndo, foi até um pouco engraçado, as meninas estavam recostadas no porsche
- Não deveria ter deixado ela ir. Não estou com um bom pressentimento sobre isso.
- Relaxa Bih, ela vai ficar bem. É só uma lojinha de roupas de banho, o que há de mal nisso?
Iara estava comendo uma mini barra de chocolate, que havia trazido de casa.
- Que mal há? Você não sabe o que pode ter la dentro, e você viu as manchas de sangue nas cancelas, aqueles militares podem não ter limpado toda a área, seria imprudente você sair por aí saltitando toda feliz enquanto criaturas sedentas por sangue estão caçando você.
Eu estava quieto enquanto minha irmã menor enchia nossas cabeças com a verdade.
- Eu acho que vou atrás dela. Quanto tempo falta?
Bia olhou no visor do carro, ela tinha menos de um minuto.
-Phe, corre!
E sem pensar já havia disparado para a loja de roupas qua havia ali. Assim que eu entrei um cheiro forte me atingiu, era inconfundível. Sangue. Eu pensei o pior, mas assim que entrei pela porta de vidro que estava aberta, suspirei de alívio percebendo que no chão havia um policial morto e não o corpo da minha namorada.
-Bom, pelo menos não é ela.
Ouvi um barulho, uma cortina sendo puxada. Andei devagar pela loja até a cortina cor de rosa. Parecia até um filme de suspense e assim que eu puxasse a cortina um zumbi iria me atacar. Eu puxei de uma vez e tomei um susto. Lala também pulou ao me ver, então ficamos rindo.
-O que... Você está fazendo aqui?
Ela disse entre as risadas.
-Vim ver se estava tudo bem, você tinha só cinco minutos lembra?
-Infelizmente não.
Ela riu outra vez.
-Então, o que você acha que aconteceu com ele, doutora?
Ela sorriu, Lala passou para a Faculdade de Medicina e ia completar o seu primeiro ano dela, se isso não estivesse acontecendo.
-Bom, eu acho que ele levou um tiro bem no meio da testa.
Ela apontou para o pequeno furo de uma 9mm na testa do policial, eu entendo de armas, não que eu trabalhe com elas. Eu trabalho com computadores, mas tive que passar três meses no exército.
-Será que ele tem alguma arma ainda? Eu não acho que os militares iriam querer uma pistola de um policial e tampouco acho que fomos os únicos que pensamos em fugir.
Foi um pouco nojento revirar o corpo e procurar por uma arma. Mas os resultados foram positivos, além de uma pistola semi-automática encontrei quatro pentes de munição.
-Acho que temos que voltar.
-Também acho.
Caminhamos até a porta e quando eu olhei em direção aos carro ví algo inesperado. Pammy e Tatz estavam Atrás da Hilux, tinha um cara que tinha a Bia em suas mãos, literalmente. Ele pegou ela pelo pescoço e ela estava agonizando para sair. pude até jurar que seus rosto estava ficando azul. Enquanto isso a Iara estava girando uma mangueira da gasolina como se fosse atirá-la contra o estranho. rapidamente eu apontei a arma para ele.
-Vai fazer o que garoto, atirar em mim?
Ele riu.
-É o que parece né!
-Eu aposto que você atinge seu pé e depois vai atirar nessa pirralha aqui.
Ele sacudiu a Bia como se ela pesasse menos que uma pena. Eu atirei no joelho dele e a Bia caiu no chão, não acho que tinha batido a cabeça, mas nunca se sabe. Ela estava desacordada e o homem se levantou com um pouco de dificuldade.
-Qualquer um é homem o bastante para atirar no joelho garoto, quero ver se você é homem o bastante para me matar.
Por um momento eu mirei na cabeça dele, mas se eu atirasse, não seria melhor que ele. Poderia até ser pior. Eu atirei no ombro esquerdo dele e ele se dobrou de dor.
-Eu sabia moleque, você não tem coragem nenhuma. Nem pra se aparecer pra sua namorada ali.
Agora eu já estava bem perto dele, a Bia estava a um passo para trás de mim, a raiva corria em minhas veias e eu só ví o golpe depois que a cara do homem estranho estava toda ensanguentada. Ele caiu no chão, mas não estava nem perto de estar morto.
-O que você vai fazer com ele?
A Iara estava atrás de mim olhando para o estranho no chão.
-Vamos deixar que os zumbis decidam isso.
A Tatz saiu de trás do carro.
-Sério? Que maneiro, vamos amarrar ele em algum lugar e deixar ele morrer pelos zumbis! Vamos, vamos!
-Até que não é má idéia Tatz, você viu o que ele fez com a Bia? Aposto que vai ficar roxo.
Pammy saiu logo depois dela.
-Não vai ficar tão feio, ela é forte.
Lala estava perto dela com a mão em uma parte extremamente vermelha.
-Vamos amarrar esse idiota ali e depois seguimos viagem.
Depois de amarrar o cara á um poste, eu carreguei a Bia para dentro da Hilux. Que pena que nada! Essa menina era mais pesada que um quilo de concreto, e ela é tão magrinha!
Na Hilux estavam a Lala a Iara e a Pammy, enquanto eu e a Tatz íamos no porsche amarelo canário 411 turbo. Poxa, de tanto a Bia repetir isso eu até já decorei.
-Posso dirigir?
A Tatz me perguntou quando chegamos ao carro.
-Claro, mas você sabe que a Bia te mata se você fizer um mísero arranhão nesse carro, não sabe?
-Ela não íria me matar por dois motivos: 1- segundo ela eu ja estou morta faz 500 anos, e 2: eu poderia mandá-la para o inferno, você acha mesmo que ela iria me matar?
[Continua...]

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