Bem Vindos...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Relato sobre o assassinato de Bertioga.

Dia:18.04.1992
Relatória oficial: Detetive Gabriel Garcia.
Caso: 639, ilha de Bertioga.
Testemunhas: Vivianne Loureiro e Denis Fraga.
Relato 1.
Na sexta feira eu e meu marido chegamos ao hotel por volta do meio dia, garoava um pouco então cancelamos todos os outros passeios que planejamos. Pretendíamos passar dois dias e uma noite na pousada. Conversamos com a dona, Line Moreira, ela disse que o movimento estaria maior por causa da chuva, e do festival do peixe no outro lado da ilha, ela disse que deveríamos passar por lá qualquer hora. Depois da conversa eu e meu marido fomos guardar as coisas no nosso quarto,09, a camareira nos cumprimentou e nós entramos. Fomos jantar por volta das 19:00, vimos Line outra vez e ela nos reservou uma mesa com vista para o lago da pousada, estava chovendo muito, Line havia avisado que a energia poderia acabar se continuasse assim. Depois do jantar eu e meu marido subimos para o quarto e ele foi direto para a cama, eu desci para tomar um café com Line mas ela estava ocupada conversando com um homem todo encharcado de chapéu e sobretudo. Ele tinha 1,80, por volta de 30 anos e tinha uma barba espessa, depois do café eu subi eme deitei mas não consegui dormir por causa dos trovões. Eu fiquei no banheiro por que me senti enjoada e fui tomar alguns analgésicos. Aí a luz acabou, mas Line havia avisado então não me assustei muito. Foi quando eu ouvi gritos e tiros e tudo começou a ficar confuso e barulhento. Alguém abriu a porta do nosso quarto e eu ouvi três disparos, eu gritei e o homem da recepção abriu a porta do banheiro, ele disparou mas a arma estava sem balas e ele parou para recarregar, então eu corri e Ah meu Deus, ele veio atrás de mim berrando, eu cheguei na porta de um quarto e vi todo aquele sangue! Eu tentei correr para a escada mas ele me empurrou. É só disso que eu me lembro.
A vítima Vivianne Loureiro foi achada consciente atrás da mesa da recepção com uma faca de cozinha em mãos. Múltiplos hematoma na cabeça e nos braços confirmam a sua história.

Relato 2
Eu cheguei e já era noite. Estava sozinho, eu sou fotógrafo sabe, viajo muito. Achei aquela pousada em um jornal e meu amigo disse que era um lugarzinho muito legal para se visitar, com muitas paisagens. Deviam ser umas 22:00 da noite por aí. O lugar estava um caos, haviam muitos hóspedes, a chuva la fora também não ajudava. Não vi nenhum homem na recepção, só uma mulher loira de óculos. Acho que o nome dela era Elisa. Eu tinha feito a reserva do meu quarto uns dias antes pelo mesmo amigo que tinha me indicado o lugar, ela sorriu e me deu a chave do 07. Eu subi e deixei o equipamento no quarto, quando fui descer a luz havia acabado, as camareiras não estavam no andar então eu resolvi entrar de novo e tentar dormir. Eu escutei alguns gritos sim, mas tenho um problema no ouvido, não escuto muito bem. Achei que eram as crianças gritando por causa do escuro. Eu devo ter dormido pouco, acordei sozinho alguns minutos depois. Resolvi ir no banheiro molhar o rosto, eu ouvi alguma coisa, mas como disse, meus ouvidos não são muito bons. Eu saí do quarto sem motivo aparente e vi um homem entrando num quarto, os relâmpagos davam alguns segundos de iluminação, eu ignorei e fui descer, o homem me seguiu, tinha algo em mãos. Ele começou a correr atrás de mim e eu a correr dele. Ele disparou duas ou três vezes antes de desistir e abrir a porta de um quarto qualquer. Um dos disparos havia acertado meu ombro como vocês vêem. Eu corri e me escondi na cozinha tentando achar algum telefone pelo caminho mas fiquei com medo do homem não estar sozinho. Não me lembro bem, ele estava de chapéu e sobretudo. Sem luz eu não vi o rosto dele.
A outra vítima Denis Freitas foi achado de fato na cozinha, com o ferimento á bala no ombro esquerdo, o que possivelmente confirma sua história.

Estimativa de vítimas: 48
. Elise Linean Moreira, 44 anos
.Fernando Luz, 45 anos
.Joana Silva, 32 anos
.Luisa Kler, 7 anos
.Adalberto Matias, 52 anos
.Adolfo Marques, 42 anos
.Agnês Faria, 22 anos
.Alessandro Dias Costa, 28 anos
.Julia Anna Costa, 8 anos
.Andressa Costa, 28 anos
.Camilo Magalhães, 57 anos
.Diana Magalhães, 56 anos
.Carlos Martins, 30 anos
.Luis Vergner, 28 anos
. Caroline Vergner, 2 anos
. Anna Marie Vergner, 26 anos
. Dante Chiara, 20 anos
.Cristiano Frade, 45 anos
.Constante Cinzia, 64 anos
.Damiano Lenn, 20 anos
.Edgar Raimundo, 18 anos
.Fillipo Carlos, 13 anos
.Elena Carlos, 5 anos
.Francisco Carlos, 32 anos
.Gabriela Carlos, 32 anos
.Caetano Gomes, 40 anos
.Vercília Gomes, 40 anos
.Gian Battista, 22 anos
.Clara Battista, 22 anos
.Julie Battista, 10 anos
.Jorge Gottapo, 40 anos
.Gregori Guido, 26 anos
.Ireno Ivan, 61 anos
.Isabell Ivan, 44 anos
.Jorge Ivan, 62 anos
.Leonardo Dias, 32 anos
.Anabell Dias, 30 anos
.Lucas Lorenzo, 21 anos
.Luigi Lodovico, 33 anos
.Manuelle Marcel, 20 anos
.Marcio Mattias, 40 anos
.Ottavio Pasqualle, 20 anos
.Reinaldo Ponziano, 36 anos
.Renata Renzo, 24 anos
.Sandro Romero, 49 anos
.Vitor Santos, 37 anos
.Rosário Santos, 36 anos
.Valdomiro Reis, 67 anos

Dia: 15.09.1995
Relatório oficial: Detetive Gabriel Garcia
Caso 639, ilha de Bertioga.
Após três anos de busca pelo assassino serial que causou pânico na ilha de Bertioga, descobrimos o tal em uma casa de praia poucos quilômetros antes da balsa. O homem, que não alegou nada e nem resistiu a prisão foi denunciado por volta do meio dia de hoje. Na sua casa fora encontradas as armas do crime juntamente com pertences das vítimas. Ao todo foram cinco malas, algumas fotos, relógios e jóias. O assassino Pedro Dias Barros, 37 anos, foi preso por volta de 15:30 quando o próprio confessou o crime para o Delegado.

Dia: 20.09.1995
Relatório Oficial: Detetive Gabriel Garcia
Caso: 639, ilha de Bertioga.
Pedro Barros foi achado morto em sua cela, a vítima estava suspensa com um lençol num dos canos que passam pelas celas, o médico legista afirmou que ele teria morrido durante a noite e sua carta escrita á mão foi achada em um dos bolsos.

   É fim. De uma vida bem vivida, de uma noite não esquecida e de um dia que

    nunca vai acabar. Sim, eu, Pedro Dias Barros, torturei e matei 48 pessoas em      uma pousada nesta ilha. Não me arrependo nem um pouco. Ainda escuto os  gritos desesperados de minha vítimas. As preces não acabadas que eu suportei. E ainda digo, povo dessa ilha, que nem em mil anos haverá tal feito como o meu. Vocês ainda vão ver, que o que eu fiz nos trará orgulho, nos trará o sangue dos pecadores e assim, enfim, viveremos em paz. Eu gostaria apenas de dizer que foi meu fim, mas a polícia nunca pôde me pegar, você rodariam por décadas sem sinal meu, eu digo que ocorreram falhas, que eu espero, em mil anos, serem corrigidas.

Foi a carta de suicídio mais estranha que esse quartel já leu. Por volta das 14:00 desta tarde o corpo do assassino foi cremado e levado ao cemitério. Nenhuma família veio o procurar e o juiz juntamente com o delegado resolveram fechar o caso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário