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terça-feira, 19 de junho de 2012

Em Apuros Parte II

A lua começava a subir no céu, vários jogadores vieram me cumprimentar, me dar os parabéns e me elogiar pela melhor morte de zumbi que eles já viram ao vivo. Eu sorria e agradecia mas meu estômago estava roncando mais alto do que eu podia falar.
-Vem, vamos comer alguma coisa.
Bloom passou seu braço pelos meus ombros e andou comigo para a outra parte da praia, longe da cachoeira e longe da Arena.
-A gente faz as refeições toda noite assim que a lua aparece. É bem legal.
O luau deles era bem organizado, tinham mesas com as comidas mas sentávamos na areia e observávamos as ondas. A comida não era tão boa quanto a que me deram na enfermaria, mas eu comi muito bem. Assim que todos terminaram eles deixaram tudo em cima da mesa e seguiram seu caminho de volta para o acampamento.
-Ah, eu não me sinto muito cansada. A gente tem que ir pra lá?
Eu perguntei a Ky quando ele me encontrou na enorme fila para deixar os pratos.
-Infelizmente, é obrigatório. Mas a gente pode dar uma escapada se você quiser?
-O que? Menino!
-Calma, eu tô só brincando.
Ele riu. Ky e Bloom me acompanharam até os portões com a bandeira azul, se despediram e seguiram seu caminho até seus acampamentos. Eu só esperava que Blast cumprisse sua parte do acordo. O portão estava aberto de modo que eu não precisei empurrá-lo, alguns meninos me acompanharam dizendo que instalaram minha cabana enquanto eu estava no jogo de estréia. Era uma cabana de lona azul, com o nome Ghost escrito com letras pretas bem acima da porta. Eles se despediram e eu entrei. Não havia nada demais, era apenas uma cabana de lona com um saco de dormir, um edredom e um travesseiro. Eu me deitei por apenas algumas horas e quando acordei, apenas as tochas iluminavam o acampamento. Eu saí em direção ao portão de ferro e depois seguindo por onde eu pensava ser o tronco. Que horas seriam? Eu me sentei no tronco e esperei algum tempo antes de desistir, deis quinze passos quando algo agarrou meu pulso. Eu girei com a mão direita fechada em direção do rosto de quem quer que fosse. Blast segurou minha outra mão antes que acertasse seu rosto.
-Ei! A gente não tinha um acordo?
-Tinha.
Eu chacoalhei meus braços até ele me soltar.
-Mas você se atrasou. Fim do acordo.
Me virei de volta para o acampamento. Eme colocou a mão no meu ombro.
-Você não queria sair daqui?
-Eu faço isso sozinha. Obrigada.
Deis dois passos e ele entrou na minha frente.
-Qual é, sozinha você não vai conseguir. Quase não deu conta de um mísero zumbi. Imagina do desafio inteiro...
-Eu estou de pé. O zumbi não. E nosso acordo acabou.
Ele não me deixou passar.
-Tá bem, me desculpa. Eu me atrasei, mas não foi inteiramente a minha culpa.
-Pouco me interessa.
Eu passei por ele.
-Sozinha você não vai conseguir.
-Você não sabe disso.
-Eu sei sim.
-Sozinha você vai acabar como o resto dos seus amigos. Morta.
Eu me virei, estava tão nervosa que nem vi quando minha mão acertou seu rosto.
-Você não tem o direito de falar deles. Eles estão vivos, e vão permanecer assim.
Ele esfregou a bochecha que recebeu meu tapa e concordou com a cabeça.
-Certo. Não falo mais nada. Mas você deveria confiar em mim.
-Porque?
-É melhor um amigo do que um inimigo certo?
Eu tentei entender o que aquilo significava.
-Tudo bem, vamos treinar pra esse tal desafio.
Ele sorriu e andamos de volta para o tronco.
-Bom, primeiro eu vou me esconder, você fecha os olhos e depois..
-Peraí, a gente vai brincar de esconde-esconde?
Eu ri.
-Eu estou falando sério. Fecha os olhos conta até dez e depois vem me achar.
-Que coisa de criança.
Ele me entregou uma faca.
-É melhor você usar isso.
Eu fechei os olhos, com a faca em mãos. Algum tempo depois abri os olhos para a escura floresta ao meu redor. As árvores faziam o lugar parecer escuro e traiçoeiro. Eu ouço um galo ser quebrado, levanto a faca por impluso e me viro para a escuridão.
-Vamos! Se mecha!
Blast sussurra tão perto que dou um pulo e lago a faca. Eu me abaixo para pegá-la e quando me levanto, Blast coloca seu braço em volta do meu pescoço, ele sussurra no me ouvido.
-Você é muito idiota mesmo. É por isso que foi tão fácil pra ele te pegar?
Eu me mexo inteira tentando me soltar.
- Você é muito fraca. Até eu poderia ter te levado naquela noite. Poderia até ter matado todos os seus amios enquanto você dormia.
Ele foi longe demais, eu dei um puxão para frente. a faca na mão direita. Eu me abaixei e rolei para o lado quando suas mãos roçarm o meu cabelo. Dei um passo para trás e estava com a faca apontada para sua garganta.
-Você não teria conseguido.
Ele riu.
-Ótimo porque eu não teria coragem.
Eu não o soltei.
-Pronto. você ganhou, é uma ótima lutadora quando motivada. Agora me solta.
Eu sorri.
-De verdade?
-Sim, agora, me solta.
Eu soltei a faca e dei um passo para trás. Ele agarrou meu pulso e me fez girar ficando a centímetros do rosto dele.
-Isso aqui, é só brincadeira, mas lá na Arena, tudo é bem real. Então é melhor você matar o seu oponente, ou ele vai matar você.
eu estava ofegante, ele me pegou de surpresa. Blast ainda me segurava pelo pulso, ele se aproximava de mim a cada respiração atrapalhada minha. O que diabos aquele menino ia fazer? Porque e não estava tentando fugir? Era melhor eu dar um geito de sair dali. Eu dei um pulo para trás aumentando significativamente a distância entre nós.
-Já que o treino acavou é melhor eu ir embora.Ele sorriu enquanto eu passava, Blast andou comigo sem falar nada até o grande portão de ferro.
-Sabe, eu acho que seu treinamento não está completo.
Eu me virei.
-Como assim? A gente não acabou de brincar de esconde-esconde como você queria?
-Sim, mas....
Ele chegou bem perto.
-Mas eu não acho que você esteja totalmnete pronta.
Eu me virei e ele puxou meu pulso, sua mão agarrou minha cintura e ele me beijou.

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