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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Narração- Lucas.

Assim que deixamos a cabana, voltamos para a praia.
-Alguém mais conhece essa entrada?
As meninas balançam a cabeça negativamente, eu aperto o volante do Jipe com mais força. Eu deveria ter cuidado dela. Mas a deixei sumir, deixei que a levassem.
-Só a Bia conhecia o caminho, só ela sabia como entrar.
Anne, a menina que se juntou á nós no mercado havia participado mais do que nós. Descobriu a marca de pneus, soube raciocinar direito. Eu só sou um  idiota que deixou que levassem a única menina que me fazia parecer normal depois do que houve.
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-Eu não acho isso certo.
Passava da meia noite e eu estava com o pessoal num galpão onde nos reuníamos. Felipe, Diego e Julia estavam comigo.
-O que acha Lucas?
Ela sorri para mim.
-Eu acho que devemos ir em frente, chegamos até aqui podemos ir até o final.
-E a casa vai estar vazia?
-Vai sim.
Júlia senta na capô do carro que vamos usar pra chegar na minha casa de praia.
-Então, vamos?
Felipe está animado, ele nunca fez nada disso antes. É o novato da turma por assim dizer.
-Lucas, você dirige.
Diego jogou as chaves do gol preto que iríamos dirigir. Júlia se levantou e veio ao meu lado.
-Vê se dirige rápido, tá?
Ela sorriu e foi para o banco do carona. Eu entrei e dei a partida, saímos do galpão em direção á estrada. As ruas laterais estavam mal iluminadas e desertas, o que facilitaria a nossa viagem. Estava tudo muito quieto exceto pelo rádio do gol que estava um pouco alto demais. Felipe e Diego cantavam a música no banco de trás. Julia estava com a janela aberta deixando seus cabelos loiros bagunçados com o vento. Eu voltei meus olhos pra estrada, não podia me distrair. Não tenho carteira e estou abusando, manter os olhos no caminho é o mínimo que eu podia fazer. Eu checo os retrovisores, ninguém nos segue, ninguém na rua. Isso é estranho, mas nos ajuda muito. Julia pega a minha mão que estava na marcha. Eu a olho por um segundo.
-Obrigada por levar a gente.
Eu sorrio.
-Não por isso.
Ela ri e me beija na bochecha. Eu sorrio e mudo a marcha. Estou olhando para a rua a minha frente quando algo no retrovisor me chama a atenção. Eu diminuo e continuo olhando pelo retrovisor. Parece ser um homem maltrapilho correndo atrás de outro, eu ignoro por alguns instantes. "Deve ser só algum assalto" mas o homem derruba o outro e começa a atacar ele, se debruça sobre seu corpo enquanto o outro homem rita, se debate e tenta escapar. O homem que o derrubou o morde. Eu me espanto e continuo olhando a cena, Julia grita. Eu olho para frente a bato com o carro na lateral da pista. Eu não vejo nada se não o rosto em pânico da menina que amo. Não sinto nada além do vento que se revolta entre nós e sua mão apertando a minha. Não ouço nada se não os gritos de todos nós. Eu apago. Estou num escuro sem fim, não há carro, não há rodovia, não há gritos nem vento. Apenas eu e o escuro. Minha perna dói, eu enfim abro os olhos. Estou preso pelo cinto no carro, capotamos. Não há mais ninguém acordado, eu toco no braço de Julia, mas ela não se meche. Eu me desespero, tento tirar o cinto mas ele está emperrado. Não há nada para me ajudar. Eu tateio pelo chão do carro procurando pelo canivete do Diego, está em algum lugar por aqui. Eu o acho, corto o cinto e chuto a porta para sair. O carro está destruído. Deixamos um rastro de peças e terra pra todo o lado. Eu me ajoelho e soco o chão. Se eu não tivesse me distraído, se eu tivesse olhado pra estrada. Eu chuto a terra que está manchada de sangue, ouço sirenes. Corro dali. Vou para qualquer lugar.
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-Tem certeza que é por aqui?
Estamos no meio da mata, Gabe acha que esse é o caminho que leva até a praia.
-Eu acho que sim, é a única trilha no sentido do mar que achamos em duas horas. Eu não tenho certeza do caminho, tenho certeza de que o mar é pra lá.
Ele continua andando. Phelipe está conosco. O resto ficou nos carros.
-Estamos andando há mais de meia hora.
Gabe parece cansado. Ele está com um ferimento nas costelas.
-Só mais um pouco.
-Eu acho que é aqui.
Eu olho para Gabe.
-Essa é a praia eu tenho certeza.
Estamos numa clareira, ouço algo parecido com ondas ao fundo.
-Então ela está por aqui, vamos em frente.
Sou surpreendido por alguém que saí detrás de uma árvore. Ela veste um all-star preto de cano alto, um shorts com rebites de ferro pendurados, uma camiseta preta com um pedaço rasgado, a estampa é uma caveira. É a Bia. Ela abraça nós três de uma vez.
-Eu achei que nunca mais veria vocês.
 Nós a soltamos.
-Você achou mesmo que iríamos deixar você sumida?
-Não.
 Ela sorri e nos abraça mais uma vez.
-Então vamos.
 Eu pego sua mão e começo a voltar para dentro da floresta.
-Eu não posso.
 Nós a olhamos.
-Isso aqui é uma loucura, é um jogo doentio que não vai acabar, e eu não quero que continue.
-A gente sabe, mas isso podia ficar pra depois.
 Gabe fala com ela.
-Eles vão me achar de novo, eles sabem que estão aqui. Vão continuar me trazendo até que eu jogue e ganhe.
 Ficamos em silêncio por alguns minutos.
-Tem um cara, parece ser o dono disso aqui, ele quer que eu aceite o desafio, quer que eu jogue conforme suas regras, só assim ele vai me deixar ir.
 A olhamos por alguns instantes, Lucas pega o meu colar de identificação.Eu vejo um colar do exército pendurado em seu pescoço, o nome Ghost está gravado junto com uma estrela preta.
-O que isso quer dizer?
-Quer dizer que eu já estou aqui, e não posso fugir.
-Então o que a gente faz? Não vamos falar para os outros que te achamos e você quis ficar.
-Eu não quero ficar, eu só não quero voltar pra cá nunca mais. Eu tenho que saber o que está rolando aqui, e depois acabar com tudo.
-Quer saber? Então tá. Isso aqui é um jogo multibilionário com apostadores mundiais. O dono disso aqui foi quem criou o vírus, ele vendeu para representantes do mundo inteiro que espalharam a infecção. Novos jogadores são trazidos a cada semana até ter um total de 70 jogadores, e aí começa a batalha de cada equipe até sobrar um só representante que vai aceitar um desafio moldado só para essa pessoa. E o desafiante não tem como vencer.
-Como vocês sabem disso?
-Entramos naquela cabana lá atrás, o cara deixou todos os arquivos abertos.
-Então eu já sei o que fazer. Mas não aqui, não agora, provavelmente os outros acordaram, vão vir me procurar. Me encontrem aqui, quando anoitecer. Pode ser que eu demore um pouco, mas continuem aqui.
-A gente não vai deixar você ficar.
-Vocês tem que deixar, ou isso nunca vai parar.
Eu não quero que ela fique, por mim agarrava ela e a arrastava de volta para o Jipe. Mas ela tem razão, o cara que a sequestrou a quer por um motivo, e ele não vai deixá-la por um preço tão barato assim. Voltamos para a estrada, as meninas nos olham com caras decepcionadas.
-Ela está la.
Elas correm na minha direção furiosas.
-E você a viu?
-Porquê ela não está aqui?
-O que aconteceu?
Eu ergo as mãos.
-Esperem um segundo!
Explico para elas o que a Bia disse, elas entendem. Depois ficam furiosas.
-E como você deixou que ela ficasse?
-Eles vão matar ela!
-E a culpa é sua!
Eu grito.
-EI!
Elas me olham.
-O que vocês queriam que eu fizesse? Amarrasse ela e a trouxesse a força? Ótimo, mas aí eles iriam evá-la de novo. Seja lá o que esse cara quer, é pessoal com a Bia. E eu não posso fazer nada pra ajudar, mas ela tem um plano. Confiem nela. Deus! A gente já achou ela, a parte mais difícil já foi.
Eles ficam em silêncio. Eu sento no capô do Jipe. Gabe vem ao meu lado.
-E o que a gente faz? Espera até meia noite pra depois entrar na floresta?
Eu balanço a cabeça uma vez.
-Ela vai dar um jeito de acabar com essa maluquice, eu confio nela.
-Nós também.
Eles disseram em coro. Ficamos perdidos em conversas paralelas, eu ainda não acreditava que a tinha encontrado e ela quis ficar. Estava visivelmente irritado. Ouvi alguma coisa. Parecia alguém correndo. Chamei Gabe.
-Tá ouvindo isso?
Eu disse a ele.
-Acho que sim. Parecem... Pessoas correndo?
-Pessoas não.
Eu vi alguns zumbis correndo na nossa direção.
-Entrem nos carros!
Mas era tarde demais, eles não vinham apenas da floresta, corriam para nós vindos da estrada, das lojas e sabe-se mais de onde. Estávamos cercados. Eles nos alcançaram no momento em que Anne pulou na caçamba, nem todos estavam nos carros. Eu desci.
-Entrem logo!
Milly e o menino que me deu carona até aqui estavam cercados por um grupo de cinco zumbis. Gabe veio ao meu lado.
-Vamos precisar disso.
Ele me entrega uma arma que pegamos na delegacia.
-Disso também.
Eu alcanço a mala e pego alguns pentes de munições. Corremos para ajudar mas é em vão, os zumbis já estão em cima deles, há sangue espalhado pelo chão. Eu continuo, mesmo depois de ver seus olhos se fechando, mesmo depois de suas mãos caírem ao lado do corpo. Mesmo depois das balas acabarem. É preciso que Gabe me arraste de volta para o Jipe até eu parar, mas eu continuo gritando, continuo me debatendo até estar dentro do carro. Há sangue nas minhas mãos. Há sangue escorrendo pelo meu rosto, eu olho pela janela. Consigo ver as montanhas que limitam a ilha. Esse não é o paraíso que achamos que fosse, não é o ponto seguro que a Bia acreditava. Estávamos enganados, estávamos presos e sem lugar para ir. Eu me preocupei, para onde iríamos depois que tirássemos a Bia de lá?  Cidades grandes eram um suicídio, não podíamos ficar aqui. Para onde iríamos? Paramos o carro alguns metros antes da balsa. Phelipe desceu do carro junto com o resto das pessoas. Anne saiu da Hilux procurando por Milly entre nós. Vi as lágrimas no seus olhos, vi ela morder o punho para não chorar, vi ela correr para a água e gritar. Gabe foi atrás dela, nós encaramos o chão. Eu soquei a grade que protegia as janelas do Jipe. Sentei no asfalto quente e esperamos. Gabe não voltou com Anne até o sol se pôr. Havíamos comido qualquer coisa que pegamos no posto. Anne estava com o casaco de Gabe, o capuz puxado mesmo no sol da tarde, ele a abraçava e ela olhava para o chão. Eu olhei para o lado. Costumava ficar assim com a Julia quando estávamos no colégio.
-O que vamos fazer com a Bia?
Eu olhei para Phelipe.
-Vamos encontrá-la, ouvir o que ela tem pra dizer e tirá-la de la.
-Eu não gosto nem um pouco da ideia que ela tem. Apesar de ter salvado a gente, ela se meteu em encrenca.
A namorada do Phelipe se virou para mim.
-Mas também cometemos erros, a Bia era a única que estava sozinha no hotel, por outro lado, não acho que o sequestrador hesitaria em levar os dois.
Eu concordei.
-Eu sempre disse que deveríamos amarrar ela numa cadeira. A Bia é muito enérgica, nunca tá parada, quando bebe refrigerante na madrugada não há quem aguente.
Eu sorri.
-Então, como medida de prevenção, a gente amarra ela e trás de volta.
Eles riram.
Phelipe olhou para o relógio de pulso.
-Se quisermos chegar á meia noite, temos que ir agora.
Nos levantamos.
-Montem um acampamento aqui. O mais perto da água que conseguirem. Voltamos assim que possível.
Larissa acenou com a cabeça.
-Voltem com ela.
-Não voltaremos de outro jeito.
Eu, Gabe e Phelipe entramos no Jipe. Eram quase meia noite. Eu não estava surpreso, o tempo passa rápido aqui na ilha, como se 24 horas não fossem o bastante. Deixamos o carro na entrada da trilha, apenas o deixamos lá e entramos na floresta. Estava escuro mas ainda dava para ver o sangue, as marcas de mãos, não havia mais corpos, apenas o sangue e as marcas. Me concentrei em olhar para a frente, para os galhos, as folhas, a terra. Nada de sangue. Nada de zumbis. Chegamos na clareira e esperamos, ela não havia chegado. A lua ficaria cheia em alguns dias, havia muitas estrelas no céu.
-Ela ainda não chegou.
Eu olhei para Gabe.
-Ela vai vir.
-Não. Não vai.
Alguém se aproximava de nós, não era a Bia.
-Quem é você?
Eu me levantei.
- Sou amigo dela.
Eu olhei para Gabe. Ele olhou para o menino e acenou com a cabeça para mim.
-Cadê ela.
Ele deu um passo em nossa direção. Estendeu um colar. Era o mesmo colar que ela estava usando naquela manhã. Eu peguei o colar, se ele estava aqui, se a Bia não estava e se um "amigo" dela tinha vindo então ela estava.... Eu soquei o "amigo" dela, ele ajoelhou no chão e me xingou.
-Droga cara! Porque fez isso?
-Cadê ela!
-Tá no acampamento seu maluco! Eles estão vigiando ela, sabem que ela quer fugir.
Ele tirou a terra da roupa e se levantou.
-Eles pegaram ela correndo pela floresta hoje. Tem guardas na entrada do acampamento, ela não poderia vir. Seja lá o que ela sabe Jason está muito interessado nela.
Phelipe veio ao meu lado.
-Jason? Jason Mueller?
-Sim, acho que é isso.
E me virei para Phelipe.
-O que foi?
-Estudei com esse cara. Droga, eu deveria saber.
-Saber o quê?
-Todo o tempo que estudamos juntos, ele era obcecado por zumbis e morte e apocalipses, ele era maluco, escolheu estudar biociência pra ver se tornava tudo aquilo realidade.
-Que maluco.
-E o que isso tudo tem a ver com a Bia.
-Eu não sei.
-Então a gente vai ter que descobrir.
O amigo da Bia limpa a garganta.
-Ela tem um plano.
-Me diga qual é.
-Bom, eu não sei. Isso sabe.
Ele balança o colar para nós. Eu fico sem entender. O amigo da Bia diz PET em voz alta e deixa o colar no chão. Um holograma surge na forma de uma menina loira de franja.
-Saudações, meu nome é PET, sou o Programa de Evoluão Técnica. Estou destinada á jogadora de nome Ghost.
Ela fechou os olhos por um segundo. Ficou em silêncio, Gabe estendeu o braço para tocá-la mas eu disse não com a cabeça. A menina voltou a abrir os olhos, olhou para nós todos.
-Ela deve estar em apuros.
-O que disse?
-Ah, desculpe-me. Esse é uma mensagem de reiniciamento. Todas as vezes que me converto nos chips sou obrigada a reproduzi-la. É um saco.
Ela sorriu. Andou na minha direção e parou á alguns passos. Eu não daria nem 6 anos para a garota.
-Vocês são os amigos da jogadora?
Eu concordei com a cabeça.
-Desculpe, não posso falar o nome dela com outro jogador presente, são as regras, mas enfim. Tenho um plano para vocês.
Sentamos em círculo enquanto escutávamos o plano da garotinha.
-Há uma arena alguns metros antes do mar, ela é cercada de arquibancadas onde os apostadores ficam esperando por seu campeão, um pequeno fato, Ghost, depois de sua estreia onde matou o primeiro zumbi sozinha, está liderando a porcentagem de apostas a seu favor, 78% esperam que ela vença, 12% esperam que um jogador a mate e 10% esperam que ela seja mordida. Enfim, ela faz muito sucesso. Tem uma sala onde o criador esconde explosivos que usa para conter os zumbis quando eles ficam agitados, vocês poderiam pegar algumas caixas, colocar nos portões, nos acampamentos e nas arquibancadas. Os explosivos são detonados por controle de modo que podem explodir ao mesmo tempo. Ela só teria que jogar a final pra poder distrair todos os jogadores e apostadores e o próprio criador. E então vocês explodiriam esse lugar.
-Espera.
Eu me levantei.
-O cara criou você. Porque está nos ajudando?
Ela sorriu e se levantou.
-Acho os humanos fascinantes. Suas emoções, seus instintos. O modo que agem quando são induzidos pelo medo, pela raiva. O criador despreza a humanidade, tanto que criou algo para acabar com ela, eu não gosto dele. A sanidade também é algo que me interessa nos humanos, é tão fácil perdê-la e é algo tão importante.
Ela estala a língua em reprovação.
-Há mais... PET's?
Gabe pergunta. Ela sorri. Sua imagem treme e oito meninas muito parecidas surgem.
-Somos as originais, nove programas que iriam ajudar os jogadores.
-Parecem gêmeas estranhas que vão nos matar.
Elas riem ao mesmo tempo. Eu me assusto.
-Somos gêmeas, mas não vou matar vocês. Pena que minhas irmãs não pensem o mesmo. Eu sou a primeira PET, o criador me fez com uma capacidade mais humana do que as outras, ele queria companhia. Por isso posso fazer minhas irmãs originais aparecerem, as outras não. Mas eu tenho limites como toda máquina. Preciso ser carregada oito horas por dia, como se fosse dormir. Praticar os truques que faço como trazer minhas irmãs aqui, ou me converter para o chip acaba com a minha bateria mais rápido do que seu eu fosse apenas o programa que sou.
Ficamos em silêncio.
-Você acha mesmo que isso vai funcionar? Esse lance dos explosivos?
-Sim. Posso levá-los para a sala agora. Temos quatro dias até a lua cheia. Quatro dias para acabar com essa loucura.
-Eles não podem entrar.
O amigo da Bia se tornou presente de novo.
-Há guardas por todo o acampamento. Eles não conseguiriam sair da floresta.
- O que vamos fazer então?
-Eu posso ir até la e trazer para vocês. Não seria complicado, Jason me dá as chaves de todas as salas do escritório.
Acenamos com a cabeça.
-Se a Bia confia em você, então confiamos também.
-Mas está tarde. Amanha vai ter um desafio. Enquanto ele acontece, posso trazer os explosivos para vocês.
-Que horas?
-Perto do meio dia.
-Estaremos aqui.
Apertamos as mãos. PET se despede e transforma-se outra vez em um colar.
-A propósito, desculpe pelo soco.
Ele sorri.
-Não foi nada.
E ele desaparece na floresta.
-Então, a gente volta?
-Sim. Temos um plano para botar em ação.Voltamos para o Jipe, dirigimos até a balsa e preparamos tudo. Larissa se mostrou uma ótima opção para montar os dispositivos, como médica ela tem mãos delicadas. Anne se ofereceu para carregar os explosivos, as amigas da Bia se ofereceram para ajudar a colocar os explosivos. O Phelipe detonaria as bombas, eu e Gabe tiraríamos a Bia de lá. Estava tudo pronto. Iriamos tirar a Bia de la.

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