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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Narração- Lucas.- Final.

Estávamos montando a última bomba em uma das Arquibancadas quando vimos os helicópteros chegando. Eram mais de dez com certeza, eram grandes, podiam ser militares.
-Temos menos de dois minutos, eles vão parar no Heliporto da pousada.
Anne, Gabe e Phe concordaram com a cabeça. Talita, Pamella, Iara, Larissa e Jamille estavam na floresta procurando a Bia ou aquele amigo dela. Não gosto dele, pode chamar de ciúmes mas ele ainda vai meter ela em muita encrenca.
-Acho que não temos esse tempo todo.
Anne cutucou meu braço com o cotovelo eu me virei e dei de cara com alguns seguranças.
-Encrenca.
Eles deram um passo na nossa direção, todos nós engatilhamos as armas que estavam conosco.
-Acho melhor não.
Um dos seguranças falou. Estávamos cercados, todos eles estavam bem mais armados que nós. Não tínhamos munição reserva, não dava pra desperdiçar assim. Eles investiram contra nós, Anne abaixou desviou do primeiro soco do segurança, ela era mais baixa e mais rápida que nós. Continuaos brigando até que uma voz no rádio chamou os seguranças.
-Levem-nos para a entrada principal. Amarrem eles á uma árvore se for preciso, e quero que ela veja.
Provavelente era o chefe deles, os seguranças tiraram as nossas armas enquanto nos imobilizavam e levavam a gente floresta adentro. Amarram-nos á uma árvore, o mais alto lançou-me um olhar e apontou para um telão á poucos metros de nós. Eles desapareceram na floresta assim que o telão brilhou e a imagem de um cara vestido com um jaleco branco apareceu.
-Vocês presenciaram a nossa estreante em suas proezas nesse acampamento.
Ele disse, e imagens da Bia lutando contra zumbis apareceu, ela corria e desviava, dava pra ver que estava esgotada, mas ela lutava bem, cortou a cabeça de um zumbi com uma espada, imobilizou uma garota de cabelos curtos que estava armada, várias outras cenas passaram até que a menina de cabelos curtos apareceu de novo, dessa vez a Bia foi derrubada, a menina ficou em cima dela co as duas mãos no pescoço dela, a Bia reverteu a situação, imobilizando a garota, derrubando ela na areia enquanto outros dois meninos vinham ajudar, ela tinha um pequeno corte no rosto quando a luta acabou. Anne sussurrava alguma coisa para Gabe, eu continuei olhando o telão.
-Ela não é só forte como também arrasa corações.
A imagem daquele garoto beijando a Bia fez meu sangue ferver, sabia que não gostava dele por algum motivo, eu tentei em vão, me soltar das cordas.
-Pois vamos ver se ela é habilidosa o bastante para cuidar de corações e ser forte para lidar com os zumbis. Que o desafio comece.
Uma garotinha trouxe algo embrulhado para a Bia, mas deixou cair quando chegou perto, a menina entregou uma espada para Bia e depois voltou correndo para dentro da floresta.
-Não tão rápido.
Ele colocou a mão no ombro da Bia, nesse momento eu ví algo se mexendo na floresta, virei a cabeça para encontrar a Talita. Ela andava rapidamente na minha direção.
-Não está dando certo, aqueles fios não se encaixam!
Ela disse enquanto me desamarrava.
-Eu... Mas e eles?
Eu perguntei quando as cordas me soltaram
-A Bia está vindo, olha só!
Anne apontou com a cabeça para o telão. A Bia corria o mais rápido que podia por entre a floresta.
-Vai lá, encontramos vocês depois.
Gabe disse e eu comecei a correr com a Talita para as arquibancadas, onde os explosivos estavam.
-Olha, ele não quer encaixar.
Ela apontou para a montoeira de fios que ligavam até o explosivo, o detonador estava com a Pamela. Eu ma abaixei para ver qual era o problema, as duas se posicionaram ao meu lado, mas olhavam alguma outra coisa.
-Ai não!
A Pamela disse enquanto observava o telão, estiquei o pescoço para ver também. O resto do pessoal estava encurralado no penhasco.
-Temos que ajudar, ela não vai chegar á tempo.
-Vão!
Eu disse.
-Mas e você?
-Eu vou detonar esse lugar. A Bia não vai aguentar muito tempo, correndo desse jeito, vão!
Elas me entregaram o detonador e saíram correndo. Eu encaixei o resto dos fios e corri também, demorou até que eu ficasse á uma distância onde não pudesse ser atingido, estava prestes á apertar o botão quando uma voz familiar me fez ficar paralisado.
-Olá.
Ela disse, me arrepiei inteiro, me virei devagar para encontrar a dona da voz, do mesmo jeito que e lembro.
Júlia estava com a camiseta preta do Nirvana, calça jeans rasgada e um all-star surrado. Os cabelos longos estavam enrolados nas pontas e um pouco mais compridos do que eu me lembro. O rosto estava quase igual, as bochechas coradas, os olhos cinzentos a boca avermelhada e até a sardas que ela tinha no nariz. A única diferença é que havia uma cicatriz rosada perto da sobrancelha direita. Ela sorriu e caminhou na minha direção, eu fiquei paralisado.
-Sabe... Foi muita indelicadeza sua ter me deixado pra morrer naquela estrada, sabia?
Ela traçou a própria boca com o indicador.
-Você... Você não...?
Ela riu.
-Não morri. Se é o que pergunta, mas cheguei bem perto. Duas costelas quebradas, um corte na testa e estilhaços de vidro pelo corpo causam um bom estrago. Por sorte acordei antes que o maldito carro explodisse, arrastei os corpos daqueles dois idiotas pra longe assim que vi a gasolina escorrendo. Fiquei com tanta raiva por você ter fugido...
Ela parou para me observar.
-Mas vejo que está muito melhor agora, até arranjou uma namoradinha, qual o nome dela? Ah, Bia.
Ela disse com um sorriso nos lábios, me aproximei dela.
-O que você faz aqui?
-Vim impedir que você destrua o que meu pai está construindo.
Eu pisquei várias vezes até entender que o cara de jaleco, que sequestrou a Bia e transformou nossa vida num inferno, era o pai da Júlia.
-E então? Sentiu saudades?
Ela disse se aproximando de mim, ela passou os braços pelo meu pescoço, eu me afastei.
-O que foi? Não vá me dizer que aquela garota fez você esquecer de mim.
Ela bufou.
-Não esqueci, só não consigo...
Ela continuou me observando, amei aquela garota por três anos.
-Não consigo acreditar no que está acontecendo.
Ela sorriu.
-É muito simples, eu estou aqui, você está aqui e ainda não estamos juntos.
Ela riu e se aproximou de novo.
-Não.
Murmurei e ela se afastou.
-O que é isso na sua mão?
Ela perguntou tomando o detonador, eu tentei pegar de volta mas ela o esticou pra longe.
-Não, não, não. Não é tão simples assim.
Eu investi contra ela e nós dois caímos no chão, ela deu uma risada.
- Bom, eu tinha pensado fazer isso em outro lugar mas já que você quer assim...
Eu me levantei apressadamente, ela estava com o detonador em mãos.
-Você não vai desistir dela não é?
Ela disse num suspiro, fiquei confuso com o comentário dela.
-Toma, vai lá e salva a garota. O quão antes vocês saírem daqui, mais cedo essa loucura termina.
Ela deu um sorriso acanhado e me devolveu o detonador.
-Tenha cuidado.
Ela disse e correu pela floresta, eu fiquei perplexo, mas sacudi a cabeça e apertei o botão, detonando a primeira arquibancada. O Phe tinha programado uma explosão á cada dois minutos, eu corri até a Arena para ajudar. O menino de camiseta preta está de braços abertos na frente da Bia, ele vai se aproximando, dizendo alguma coisa, eles ficam nisso por alguns minutos. Ela começa a chorar e atira nele, penso em correr até ela, mas ela se ajoelha do lado do menino que nos encontrou na floresta. Ela coloca a cabça dele em seus joelhos, ele foi mordido. Por que ela está cuidando dele assim? Ele vai matá-la, vai tentar mordê-la! Eu caminho até ela mas paro subitamente quando os lábios dela tocam os dele. Ela o beijou. Logo depois fechou os olhos e apontou a arma pra cabeça do garoto. Um tiro. Eu corri até ela quando seus joelhos tremeram e ela parecia que iria desmaiar.
-Temos que ir agora!
Eu disse, mas ela não respondeu. Tomei-a em meus braços e a carreguei de volta para onde o carro estava, ví de relance Anne e Gabe correndo na mesma direção que eu. Ela levantou a cabeça do meu ombro para observar o grande helicóptero que nos sobrevoava. Aquilo não tinha acabado.
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Quem quer uma prévia de Era de Sangue- Segunda Temporada, levanta a mão!
-Antes de mais nada, as desculpas da autora por ter abandonado a história, espero que vocês não me abandonem.... Mas agora eu voltei e vamo que vamo!-
"Coloquem pra tocar antes de ler Música da Prévia."


-Ela está assim há tempo demais.
-Não há nada que possamos fazer.
Eu olho para Lala e ela tem razão, a Bia sofreu demais nesses últimos meses, não podíamos ter exigido tanto dela.
-Eu queria que as coisas voltassem ao normal.
-As coisas nunca mais serão normais Tatz.
[...]
-Eu preciso disso pronto até semana que vem!
Ele grita com o funcionário do grande laboratório subterrâneo.
-Sim senhor.
Ele faz uma reverência e some nos corredores brancos.
-O que essa garota tem de mais afinal!
Eu digo irritada, estou abrindo e fechando um canivete, impaciente com a demora.
-Ela é especial.
Jason diz com um sorriso no rosto.
-Mas o que ela tem de especial?
Eu pergunto, tirando os pés da mesa do escritório.
-Ela não....
Ele é cortado pela secretária inútil que trabalha aqui em baixo.
-Senhor, há um código seis no perímetro.
Ela diz e mostra prancheta eletrônica que contém os vídeos da segurança.
-Ótimo. Temos visitantes. Júlia, cuide disso para mim, sim?
Eu suspiro e caminho em direção á entrada do laboratório. Se ao menos esses adolescentes se escondessem em outro lugar....
[...]
-Mais alto!
Eu digo para os meninos enquanto eles tentam erguer a lona da barraca.
-Não há tempo, a tempestade está vindo.
-Temos que entrar!
-Andem!
Estou quase entrando no abrigo quando percebo que Gabe não está ali.
-Alguém viu o Gabe?
-Não, ele deve estar lá dentro.
Lucas diz, ele estava tão frio depois que salvamos a Bia, não entendia nada daquilo.
-Vou procurar por ele.
Eu grito em meio aos ventos, a tempestade está mais próxima do que imaginávamos.
-É suicídio!
Ele grita mas já estou bem longe. Onde diabos aquele garoto se meteu? Estou olhando para o chão e cobrindo o rosto por causa do vento, trombo em alguém.
-Aí está você!
Eu digo puxando seu braço mas ele não vem.
-Gabe?
-Temos que sair daqui.
Estava prestes a perguntar o porquê quando vejo um bando de mais ou menos vinte zumbis vindo em nossa direção. Meu olhar se encontra com o de Gabe e corremos de volta para o abrigo.
-Não estamos salvos!
Eu digo arrastando quem consigo alcançar para fora do abrigo improvisado.
[...]
-Você não vai tomá-los de novo!
Ela desfere um golpe contra o cara de jaleco, mas ele é mais forte que ela.
-Eles não me interessam, eu quero você!
E a imobiliza de uma forma impressionante, arrastando-a consigo pelos corredores desse lugar.
-Estamos ferrados.
Alguém murmura e eu não posso evitar de sorrir.
-Já escapamos de situações bem piores.
Alguém suspira.
-É quando um de nós estava solto.
-A Bia está.
-Você ainda acha que restou alguma coisa na cabeça dela depois do que aconteceu? Ela está maluca, lelé da cuca! E agora deu pra andar dormindo, não podemos dormir por causa dela.
-Ela salvou todos nós.
Lucas diz com a voz carregada de pesar.
-E isso custou a sanidade dela!
-Calem a boca vocês dois! Tudo o que fazem desde aquele dia é brigar por causa dela! Que ódio!
Eu digo tentando acabar com a discussão, temos que sair daqui antes que aquele projeto de serial killer volte.

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