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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Narração- Phelipe Braga

Depois que a Lala conseguiu salvar a Bia, tudo ficou melhor. não que os acontecimentos recentes fossem motivo de alegria, mas podíamos sorrir por algum tempo antes que algum zumbi faminto corresse atrás de nós.
-Lala? A gente podia parar um pouco pra descansar assim você dava uma olhada na Bia e tudo. A gente já passou pelos túneis, eu preciso dela acordada desse ponto.
-Tudo bem, eu quero mesmo esticar as pernas.
Saímos do carro e montamos um pequeno acampamento, todos ao redor de uma fogueira, comendo e rindo. Talvez fosse a cena mais feliz que eu tenha visto nesses últimos meses.
 * 3 meses antes do apocalipse zumbi *
-Ela ja chegou?
-Não ! Ela devia estar em casa faz uns 20 minutos.
- Calma Lala, ela deve ter se atrasado na escola.
-Ela não atende o celular. Onde ela deve estar?
Assim que a Dona Denise disse isso o telefone tocou. O senhor Beulke, pai das meninas, atendeu.
-Tudo bem.
Uma única resposta, algo estava errado.
-Ela foi sequestrada. Nossa filha foi sequestrada.
Ele estava em choque, tanto que a Lala foi buscar alguma coisa na cozinha. Pouco tempo depois ele nos explicou, o cara queria 1milhão e passar pelo firewall da maior empresa do mundo. Ele era louco. E então eu me lembrei, na escola, havia um amigo meu que tinha uma idéia um tanto louca. Ele queria se formar em ciência biológica, criar um antídoto para qualquer coisa e ficar muito rico. Ele não batia muito bem da cabeça, sempre todo retraído e estranho. Eu nunca o levei a sério até que ele foi preso por entrar no banco de dados da Medi-Com, ele ficou preso até mês passado eu acho.
Sexta passou muito devagar, Denise, o Beulke e a Lala ficavam aflitos, choravam e esperavam pela chegada da polícia. Depois que eles foram embora eu decidi ir também, não havia muito o que eu podia fazer se não lembrar das estranhas palavras de Jason, meu amigo do colégio.
"Eu tenho essa ideia Braga, eu vou ficar rico!" Essas palavras ficaram na minha mente até que eu caí no sono. No sábado, os policiais esperaram uma ligação que não veio. Finalmente no Domingo eu pude acompanhá-los até um galpão velho onde acharam ele. Jason Mueller. Ele havia sequestrado a Tatz e a Iara, louco por vingança, antes de fugir ele olhou para mim e disse :" Isso ainda não acabou Braga, eu vou revolucionar o mundo!" E então ele correu.
-Tudo bem?
A Lala me tirou dos pensamentos.
-Tudo sim, eu ainda não acredito que escondemos tudo da Bia, ela precisava saber.
-Phe, na época em que tudo aconteceu ela tinha acabado de sair do castigo por ser presa, ainda estava tentando se recuperar da raiva que ela sentida daquele menino. Não era uma boa hora pra contar que a melhor amiga dela tinha side sequestrada e que o cara tava solto.
-Eu sei, mas porque a gente mentiu pra ela dizendo que a Tatz tinha passado mal, e que a Iara estava gripada. A gente devia ter dito a verdade, mesmo depois de tudo.
-Porque você tá se importando com isso agora bobinho?
Ela me beijou e fomos comer. Depois colocamos a Bia no banco de trás do carro para que a Lala pudesse ver melhor o ferimento.
-É, não parece uma boa ideia estragar tudo isso agora.
Comemos, rimos e concordamos em manter segredo sobre o incidente do começo do ano. Quando as meninas começaram a brincar de lutinha.
-Qual é Tatz, você é a mais fraca de todos nós. Só ganha porque tem essas unhas de Zé do caixão.
A Iara mostrou a lingua. E elas começaram a se empurrar até que a Tatz bateu no vidro e a Bia gritou, altamente e tão agudo que meus ouvidos doeram. Ajudamos ela a sair do carro, a Tatz sorriu, todos a saudaram felizes por ela estar viva.

-Pessoal, eu acho que seria melhor a gente ir.
Lala veio falar comigo.
-Você vai querer comer primeiro, deve estar muito fraca, perdeu bastante sangue.
-Eu não acho que tenhamos tempo para isso.
Assim que ela disse isso, um bando enorme de zumbis nos alcançou, correndo, espumando e sedentos por nosso sangue. Tentamos encaixar a Bia no banco de trás mas a cada tentativa era um grito dela e uma aproximação dos zumbis.
-Você vai ter que ir na caçamba. sinto muito.
-Que seja! Só tire a gente daqui.
Colocamos ela lá atrás com os amigos da Bia e entramos no carro. Eu tentei girar a chave, uma , duas , três vezes, a chave travou.
-Phe! Tira a gente daqui!
-A chave emperrou!
-Phe!
-Eu sei fazer ligação direta.
- O quê?!
O menino estranho falou pela primeira vez, em meio ao carro apertado eu troquei de lugar com ele, assim que o menino juntou os fios o carro pegou e aceleramos na estrada. Peguei a mão da Lala e adormecemos grande parte do caminho.


2 comentários:

  1. Comecei a ler hoje e adorei, continue assim, você é uma ótima escritora :3

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  2. Vc disse que ñ ia postar ateh q eu postasse. Seeeei.
    Já to acabando o capitulo u.u
    Só falta inspiração pro final. u.u

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